segunda-feira, 22 de outubro de 2007

' Jura '




Ainda ontem me deitei, num chão plantado de jasmim, onde em volta tentava definir o que o tempo me diz.

O tempo esse senhor impiedoso da nossa vida ao qual nenhum força é capaz de o travar.

Ainda ontem tinha planos, pintava telas a pincel… era autor daquele romance, actor do crime prefeito…

Acendia um cigarro e debruçava o corpo em torno da varanda onde ao longe viva crianças brincando às casinhas…

Se aquela rua fosse minha…eu mandava ladrilhar ao som do quarteto principal que em tom de fundo se fazia ouvir no meio daquela sala…

A poeira escapava as paredes com marcas de dias passados ao calor de uma lareira, e existiam sinais de um coração desenhados sobre a areia.

Voltei para dentro…

Tentei fechar tais janelas cujo tempo se tinha encarregado de ir destruindo…enfim…fechei o que pude…

Desci a escada levemente, abri a porta e saí…

Quando me voltei….vi teu olhar…azul como o céu…

Me deste a mão…e eu sorri…tão fortemente que nem o tempo conseguia conter tal emoção…

E juntos seguimos os 2 estrada fora….

2 comentários:

Anónimo disse...

A harmonia com que escreves ajuda-me imenso. Venho ler-te quando preciso descansar um pouco.
Um beijo.

Anónimo disse...

A tua nova casa está linda! A música, essa está de sonho! E as estrelas cadentes uma maravilha! A tua Luz, espalha-se por entre elas...Beijo da Nelita