quinta-feira, 17 de maio de 2007

‘ Adeus ‘


Era a tarde mais longe de todas as tardes….

No jardim por mero olhar, avistava as crianças brincando, enquanto esperava…esperava por ti…

Era uma das tardes mais longas de toda a minha vida, onde sentado naquele banco aguardava um sinal teu…ou mesmo ser surpreendido com a tua presença…

A calma já se estava a transformar em ansiedade…o tempo ia passando…passando…e de ti meu coração não sabia nada…

A cada passo inclinava minha cabeça sobre o pulso na perspectiva de olhar o relógio…visualizando o tempo que ali perdera na esperança de contigo estar…

Bem…

A tarde começava a querer sair dando lugar ao ‘anoitecer’…

Sentia-me triste…desolado talvez….pensando que teria mais valor para ti do que não real tinha…

Vendo as crianças largando as brincadeiras, correndo para os braços de seus pais…e eu ali na minha solidão, sentado naquele mísero banco de jardim…

Enfim…

Nada mais me restava se não levantar-me e seguir meu rumo…

Afinal tu já não vinhas, nada me prenderia mais ali naquele lugar…

Restou-me então pensar, ver e reflectir, que ali naquele momento, naquele instante, naquele sitio, teu coração nada mais me dizia…

Vi que a hora era chegada…vi que nada mais me restava dizer do que…

Adeus…

3 comentários:

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

Há sempre aquelas partidas feitas de farsas que mantém a distância tão perto de nós. E ao virar da esquina, corre-se o risco de as memórias se concretizarem na nossa frente e o retrato estalado, tão indistinto com o pó do tempo, que nos faz reviver tanta coisa. Até porque consta que recordar é viver...
Que por esses becos escuros encontres muitos brilhos em olhares cúmplices...!!!!

Desejo-te bons encontros!

BEIJINHO PARA TI

Gonçalo disse...

Sabendo o que sei hoje não compreendo a razão do teu Adeus, apenas compreenderei se fizeres referência a amores passados porque, actualmente, a tua única razão é dares as boas vindas ao amor num banco do jardim.
Sê feliz porque bem mereces...;)