
Olá…
Espero que te encontres bem, na companhia de alguém que goste de ti…e que ele te dê amor, aconchego e aquele calor que eu não consegui.
A nossa casa está vazia, sabendo que partiste um dia… para não mais voltar.
Hoje lembrei de ti, o quanto me fazes bem, em pensamento e em coração…pena…isso, pena mesmo, acordei tarde demais, ao olhar o infinito vazio abundante no meu peito.
Sim, quero que saibas que estou a sofrer, dói…a tua ausência…aquela melancolia que se arrasta e faz meu mundo cair no maior dos abismos existentes na terra.
Ao escrever-te esta carta quero com ela pedir meu perdão, dizendo contudo que jamais voltarei a interromper tua vida.
Apenas necessito, para partir rumo a um lugar distante, do teu perdão…perdão esse que preciso que seja sincero, pois amor quero que não guardes rancor…
Vou partir desta casa é certo…como se eu tivesse asas e vontade de voar, voar bem alto.
Bem...aconteceu o que temia… a carta vai a meio e meus olhos abundam em lágrimas de saudade, dor, tristeza…avistando assim um ‘temporal’ que irá desabar em mim, em breves instantes…
Basta…
Chega…não dá mais…sinto que acabou, não sei mais o que escrever, o corpo dói…a alma está desfeita.
Apenas te digo, quer ser mais um amigo com quem podes contar…e lê, lê a minha carta, lê até ao fim…
Aceita o meu perdão, não recuses por favor, dá ao menos essa alegria ao meu coração, para que ele parta…em paz.
Sem mais assunto…
Sê feliz…