segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

A Carta



Olá…

Espero que te encontres bem, na companhia de alguém que goste de ti…e que ele te dê amor, aconchego e aquele calor que eu não consegui.
A nossa casa está vazia, sabendo que partiste um dia… para não mais voltar.
Hoje lembrei de ti, o quanto me fazes bem, em pensamento e em coração…pena…isso, pena mesmo, acordei tarde demais, ao olhar o infinito vazio abundante no meu peito.
Sim, quero que saibas que estou a sofrer, dói…a tua ausência…aquela melancolia que se arrasta e faz meu mundo cair no maior dos abismos existentes na terra.

Ao escrever-te esta carta quero com ela pedir meu perdão, dizendo contudo que jamais voltarei a interromper tua vida.

Apenas necessito, para partir rumo a um lugar distante, do teu perdão…perdão esse que preciso que seja sincero, pois amor quero que não guardes rancor…
Vou partir desta casa é certo…como se eu tivesse asas e vontade de voar, voar bem alto.
Bem...aconteceu o que temia… a carta vai a meio e meus olhos abundam em lágrimas de saudade, dor, tristeza…avistando assim um ‘temporal’ que irá desabar em mim, em breves instantes…

Basta…

Chega…não dá mais…sinto que acabou, não sei mais o que escrever, o corpo dói…a alma está desfeita.
Apenas te digo, quer ser mais um amigo com quem podes contar…e lê, lê a minha carta, lê até ao fim…
Aceita o meu perdão, não recuses por favor, dá ao menos essa alegria ao meu coração, para que ele parta…em paz.

Sem mais assunto…

Sê feliz…

5 comentários:

Anónimo disse...

li gostei espero que eu possa continuar no teu coração
ena a carte não era para mim
desculpa

Anónimo disse...

Como posso amar-te tanto assim?

Não preciso de palavras,
Que muitas vezes são geladas
Ocas, inacabadas.
Sei-te ler no silêncio
Posso viver sem te ouvir,
Os teus olhos falam comigo.
Não preciso de claridade,
Sei-te ler no escuro
Posso viver sem te ver,
O teu cheiro fala comigo.
Necessito de algo teu para viver,
É tão pouco o que te peço.
Enfeitiçaste-me.
Onde é que eu estava para deixar isto acontecer?
Agora já não sou eu quem manda,
Do coração perdi o comando.
Deixei de pensar por mim,
Passei a sentir assim...
E quando tu não voltares mais?
Quem vai falar com o meu coração?
Eu não terei forças para o fazer.
De mim restarão estilhaços,
Fendas, pedaços,
De uma alma mastigada
De um corpo ruído.
Mas no tempo que me resta...
Despe-me com o olhar,
Acaricia-me com o sorriso,
Beija-me com esse cheiro.
E deixa-me perguntar,
Como posso amar-te tanto assim?

Anónimo disse...

Adorei esta carta...
Pode ser tua, escrita por ti ou vivida e sentida por ti...mas revi-me e senti-me em algumas das tuas palavras...


(`'•.¸ ¸.•'´)
Beijinhos
(¸.•'´ `'•.¸)

Gonçalo disse...

Ora bem, pensava eu que escrevias para o imaginário mas afinal de contas considero difícil alguém escrever com tanto sentimento para o imaginário e o segundo comentário nesta página confirma-me isso...vamos à pergunta da praxe: Quem é ela?:)
Acredito também que não queiras revelar essa história pessoal e eu respeito porque estás no teu direito e há histórias íntimas demais para serem partilhadas.
De qualquer das maneiras, fico feliz por sentir que há homens como tu, que escrevem com o coração e que marcam pela sua sensibilidade e romantismo. Julgo que qualquer mulher sensível ficaria feliz ao ler uma carta destas, e mesmo sendo uma carta de despedida, acredito que repensaria em regressar, está muito bem redigida, parabéns.

Por isso, apenas te deixo um conselho: Ama e sê feliz porque acredito que farás mais feliz alguém:)

Um abraço e fica bem;)

Anónimo disse...

adorei esta carta e como tal kero-te pedir k nunca deixes de escrever sabes escrever com alma e coração e sinceramente axo k escreves akilo k sentes obigado por me dares o prazer de te conhecer
bjs continua assim